Herpes genital: Tratamento, Cura, Sintomas e Transmissão

herpes-genitalHerpes genital: Tratamento, Cura, Sintomas e Transmissão

Um recente estudo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que, a cada ano, 20 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus do herpes genital, que se contrai de maneira permanente para toda a vida.

Esse alarmante estudo global sobre a incidência de herpes genital entre as pessoas estima que 16% da população mundial entre 15 e 49 anos está infectada. E, ainda de acordo com a pesquisa, a doença afeta mais as mulheres.

O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST) causado pelo vírus herpes simplex.

Embora um a cada cinco adultos esteja infectado com o vírus, muitos não apresentam sintomas, portanto, nem sabem que estão contaminados com o vírus e, provavelmente, vão fazer mais vítimas.

É importante saber que o herpes genital é transmitido através do contato íntimo vaginal, anal ou oral, sendo mais frequente em adolescentes e adultos com idade entre os 14 e os 49 anos, e isso, pela alta incidência da prática do contato íntimo sem camisinha.

Essa doença se pega ao entrar em contato direto com as bolhas ou úlceras com líquido nos genitais, coxas ou ânus, causando sintomas como ardência, coceira, dor e desconforto.

Porém, em alguns casos, antes das bolhas surgirem, é possível identificar sintomas de aviso, como infeçção urinária com desconforto, ardência ou dor ao urinar ou coceira leve e sensibilidade em alguns locais da região genital.

Estes sintomas de aviso, embora nem sempre aconteçam, costumam surgir horas, ou mesmo, dias antes das bolhas se formarem.

Vale saber que, embora o herpes genital não tenha cura definitiva, já que o vírus do herpes não consegue ser eliminado do organismo, é possível fazer tratamento com comprimidos ou pomadas antivirais e, dessa forma, conseguir aliviar os sintomas e evitar o surgimento de bolhinhas na pele.

aciclovirTratamento do herpes genital

Certamente, o tratamento para herpes genital deve ter a indicação e supervisão de um ginecologista ou urologista e, normalmente, é feito a base de comprimidos antivirais, como Aciclovir ou aciclovir, cerca de 2 vezes por dia.

Em alguns casos, porém, como as bolhas do herpes na região genital costumam ser bem dolorosas, para ajudar a passar pelo episódio o médico pode também recomendar a utilização de pomadas ou géis anestésicos locais, como Lidocaína ou Xylocaina, que devem ser aplicados a cada 4 horas após lavar a região com água e sabão, ajudando a hidratar a pele e anestesiar a zona afetada, aliviando assim a dor e o desconforto.

É importante seguir as instruções do médico para evitar complicações, sendo proibido, durante o tratamento, qualquer contato íntimo, pois mesmo utilizando camisinha, o vírus pode passar de uma pessoa para a outra, principalmente,se alguma das lesões entrar em contato direto com a outra pessoa.

Tratamento caseiro

Por se tratar de uma doença muito séria e sem cura, é fundamental se procurar ajuda médica. Qualquer forma de tratamento alternativo, caseiro ou natural, deve ser feito só como um complemento ao tratamento com remédios.

Uma das receitas caseiras para ajudar a tratar a doença,é o banho de assento, com chá de manjerona ou hamamélis, cerca de 4 vezes ao dia, ajudando a diminuir a dor, a inflamação e a combater o vírus causado pela infecção genital. Porém, de forma alguma, deve substituir o tratamento indicado pelo ginecologista ou urologista.

Como é transmitido o herpes genital

saude-sexualA transmissão do herpes genital, geralmente, acontece através do contato íntimo sem camisinha, devido ao contato direto com as bolhinhas provocadas pelo herpes.

Mas, atenção, a transmissão pode acontecer mesmo com o uso de preservativo, já que as lesões podem ficar descobertas durante o contato.

E mais,o contágio também pode ocorrer da mãe para o bebê durante o parto normal, especialmente se, durante o trabalho de parto, a mulher apresentar as feridas do herpes.

Vale saber que, embora o herpes genital seja uma infecção causada pelo vírus herpes simplex tipo 2, que é o transmitido através de relações sexuais, o vírus herpes simplex tipo 1, também pode causar herpes genital, embora esteja, geralmente, associado ao herpes labial.

O vírus herpes simplex tipo 2, transmitido através de contato sexual, é altamente contagioso, principalmente, quando o paciente apresenta lesões ativas. Porém, o maior problema do herpes genital é que a transmissão pode acontecer mesmo nas fases em que o paciente está assintomático.

Ou seja, mesmo fora das crises o paciente continua eliminando o vírus de forma intermitente, podendo transmitir o herpes genital para o seu parceiro(a).

Vale saber que pacientes HIV positivos que também tenham herpes genital são grupo que mais apresentam transmissão durante a fase assintomática.

E é preciso saber, também, que embora o vírus herpes simplex tipo 1 costume causar lesão apenas na boca, ele pode se transmitido para os órgãos genitais em caso de sexo oral. Uma vez contaminados, os pacientes com herpes genital pelo tipo 1 transmitem a doença do mesmo modo que os pacientes contaminados pelo tipo 2. A diferença é que as crises pelo tipo 1 costumam ser mais brandas e menos frequentes, e a transmissão fora das crises é menos comum.

O vírus herpes simplex tipo 2, no entanto, sobrevive muito pouco tempo no ambiente, sendo incomum a transmissão através de roupas ou toalhas, sendo assim, o risco de pegar herpes genital em piscinas ou banheiros é nulo.

Por isso, é fundamental usar preservativo durante as relações sexuais, já que o uso de camisinha reduz a chance de transmissão, embora não elimine completamente, uma vez que as lesões do herpes podem surgir em áreas da região genital que não ficam cobertas pelo preservativo. Por exemplo, uma lesão de herpes na bolsa escrotal continua exposta mesmo com o uso apropriado da camisinha.

Como identificar o herpes genital

Pronto, visto que é uma doença que não tem cura, é preciso prestar muita atenção em suas formas de transmissão e ficar atento aos seus sintomas. Os principais que podem surgir em homens e mulheres são:

  • Coceira e desconforto;
  • Ardor e dor ao defecar, caso as bolhas estejam próximas do ânus;
  • Surgimento de manchas vermelhas e bolhas esbranquiçadas após a infecção;
  • Aparecimento de irritações e dores em torno de dois a dez dias após a contaminação;
  • Lesões e erupções nas regiões genitais;
  • Pequenas bolhas agrupadas nas regiões genitais;
  • Dor e possível sangramento ao urinar;
  • Há formação de cascas no momento da cicatrização;
  • Ínguas que causam sensibilidade na área da virilha;
  • No caso das mulheres, pode haver corrimento vaginal e dificuldade ao urinar.

É importante ter em mente, também, que, além desses sintomas acima citados,  podem surgir outros, mais gerais, e difíceis de diagnosticar, semelhantes aos da gripe, como febre baixa, calafrios, dor de cabeça, mal estar geral, perda de apetite, dor muscular e cansaço. Nesse caso, sendo mais comuns no primeiro episódio de herpes genital ou naqueles mais severos, nos quais as bolhas surgem em grande quantidade, dispersando por grande parte da região dos genitais.

Os sintomas podem demorar entre 2 a 10 dias para aparecer e, geralmente, a primeira crise é a mais intensa do que as demais. Porém, o perigo maior é que pode-se estar contaminado e não apresentar sintomas, podendo transmitir o vírus através do contato íntimo desprotegido.

Outra coisa, o herpes genital alterna fases de remissão e fases ativas da doença, por isso, toda atenção é pouca para no caso do paciente estar infectado não transmitir a doença para outros indivíduos.

Por isso, é fundamental que, se existir a menor suspeita de estar infectado com herpes genital, consultar imediatamente um ginecologista, no caso da mulher, ou um urologista, no caso do homem, para iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível, impedindo novos contágios ou o agravamento do problema.

Vale saber, também, que as feridas do herpes genital, além de poderem surgir no pênis e na na vulva, também podem aparecer na vagina, na região peri anal ou no ânus, uretra ou mesmo no colo do útero.

Herpes genital na gravidez é perigoso

uso-de-preservativosSim, o herpes genital é sempre perigoso e na gravidez pode causar aborto ou retardo do crescimento durante a gestação, por exemplo, por isso, o tratamento deve ser feito já, durante a gravidez, com remédios antivirais indicados pelo obstetra, como aciclovir para evitar a transmissão para o bebê.

Além disso, pode-se evitar o contágio do bebê optando-se pela cesárea, já que no parto normal, como já foi dito, a mãe pode passar para o bebê, principalmente, se a mulher apresentar as feridas do herpes. E, logo ao nascer, o bebê precisa ser isolado, no berçário.

Como Prevenir

Sem dúvida, a melhor forma de prevenção contra o herpes genital e outras DSTs é utilizar preservativo durante todas as relações sexuais.

E durante as crises, claro, seguir as recomendações dos médicos, de não ter relações sexuais.

É importante, também, sempre dialogar  com o parceiro, o indivíduo que descobrir que está infectado com o vírus deve sempre avisar os parceiros desse diagnóstico, pois ao descobrir a doença no início fica mais fácil controlar os sintomas, e mais, esse é um problema que não adianta esconder, ele será descoberto, portanto, para evitar consequências futuras, o diálogo e a verdade é sempre o melhor caminho.

Possíveis complicações

Vale saber que, se por um motivo ou outro, medo, vergonha, ou falta de informação, o paciente infectado não realizar o tratamento, as complicações poderão ser as seguintes :

  • Meningite causada pela inflamação do líquido e das membranas cefalorraquidiano;
  • Infecções graves no cérebro, pulmões, medula espinhal, fígado, reto, olhos e esôfago;
  • Infecção passada da mãe para o bebê recém-nascido no momento do parto, podendo causar cegueira, danos cerebrais e até levar a morte.

Enfim, caso tenha tido relações sexuais sem proteção e perceba qualquer um dos sintomas acima relatados, procure, imediatamente, um médico para que possa fazer os exames corretos e ter um diagnóstico rápido e preciso. É preciso ter em mente que, quanto mais cedo o vírus for detectado no corpo, mais chances terá de não desenvolver os sintomas, ter crises mais sérias e até de evitar complicações.